Uma vitória da Obra

UMA VITÓRIA DA OBRA

CARTA REVELAÇÃO DE 16 DE FEVEREIRO DE 1963

Ainda antes de escrever a carta de 14 de Março, o Mestre numa das suas Cartas de Revelação internas, em 16 de Fevereiro de 1963, a partir de S. Paulo, Brasil, dá instruções pormenorizadas para escreverem aos 4 Anciãos e os convidarem a ser Seus representantes. Transcrevemos parte dessa carta:
“…veio uma grande VITÓRIA DA OBRA, para comunicarmos com o glorioso PORTUGAL: uma carta acompanhada de postais tirados por uma plêiade de portugueses ilustres, que segundo parece, são de alguma Ordem Secreta, talvez mesmo da Maçonaria, mas ocultando tal cousa nos tempos salazaristas… Já me escreveram há muitos anos e eu lhes respondi, enviando duas revistas. Pelo que parece uma delas, foi a preciosíssima de número 110, que fala de ordens secretas, inclusive de MARIZ, dirigida pelo Barão Henrique Antunes da Silva Neves, falando ainda que a mesma se reunia em S. LOURENÇO DOS ANCIÃES. Eles foram lá por várias vezes, pois não conheciam este misterioso LUGAR. Vieram entusiasmados, porque encontraram as fontes sulfurosas de que falo no meu artigo, uma Capelinha de S. Lourenço, mandada construir por um padre católico. Enfim, tendo no frontispício, A ROSA E A CRUZ. Só isso fala pela referida ORDEM, donde surgiram a de AVIS, fita verde e a de Cristo, Vermelho tendo como síntese política a “Bandeira de Portugal” … Se ali foram para se convencerem das minhas palavras, “precisam ver para crer”, esquecendo as palavras de Cristo: «Felizes daqueles que não viram e creram».
Mas parece, que o foram cheios de esperança e gratidão, por serem de alguma Ordem que merece apoio e distinção de nossa parte, além do mais por terem feito um grande e espontâneo JURAMENTO de firmarem em silêncio sobre tudo quanto lhes revelamos. Sim carta e fotografias, valem por um GRANDE TESOURO, além do mais para quem conhece a Dhâranâ numero 110. Precisamos responder-lhes, agradecendo a confiança e os valores bem lusitanos, ou dos Descobridores do BRASIL. E com a carta, os últimos 4 números de Dhâranâ, incluindo o que traz JK (Juscelino Kubitschek), que acaba de visitar PORTUGAL. E como fundador de BRASÍLIA, foi agraciado por nós. Eles lendo tais revistas, conhecerão melhor quem sou. E por que fui a Portugal, sem esquecer de juntar a profecia da SERRA DE SINTRA, que eles podem encontrar no livro SINTRA PINTURESCA, em qualquer livraria de Portugal. (x)
CR63.2.16E assim em meu nome convidá-los para ser nossos representantes naquele país, fundando uma CASA CAPITULAR, caso o momento político não lhes sirva de obstáculo a semelhante APOTEOSE, unindo assim PORTUGAL AO BRASIL, depois de 463=13 anos da DESCOBERTA. Ano do CA: CABRAL, CARAMURU, CATARINA PARAGUAÇU.
Será que eles sabem que o termo PORTUGAL provém de PORTO GALO OU GAULÊS? E que o verdadeiro nome de Lisboa é ULISSIPA, como feminino de Ulisses, por ser seu fundador, donde o Lis de Lisboa?
(…)
PAZ LUZ E PROGRESSO EM HARMONIA DE PENSAMENTO
(…)
(x) Unir o Ganges ao Tejo é unir Oriente ao Ocidente, de Portugal para o Brasil.
(…)
(Nota da CPE: O negrito é nosso)

CONVITE PARA REPRESENTAÇÃO EM PORTUGAL

CARTA DE 9 DE ABRIL DE 1963 DO DIRECTOR SOCIAL DA S.T.B.

Com data de 9 de Abril do mesmo ano, os Anciãos Portugueses recebem, pois, uma carta da Instituição Brasileira, assinada pelo Director Social da STB, César do Rego Monteiro Filho e que se inclui a seguir. Esta carta transcreve em grande parte as notas finais do Mestre.
Por absoluta impossibilidade física – dada a doença que O afligia – o Mestre deixa algumas indicações aos Irmãos Portugueses. Uma delas é expressa da seguinte forma:
“Infelizmente não existe nenhum órgão representativo da STB em Portugal. Não sabemos mesmo se, dado o clima aí reinante, não seria possível tal coisa. Para nós seria motivo de grande alegria e, se não fosse grande demais o sacrifício, ousaria convidar-vos a exercerem a nossa delegação nas lusas e gloriosas terras.”
É deste modo que começa a ganhar corpo a ideia da fundação da instituição portuguesa o que vem a acontecer mais tarde, com a criação do Instituto Cultural Infante Henrique de Sagres ou Instituto Cultural I. H. S. Nessa carta é dito muito claramente pelo Mestre, através de César do Rego Monteiro Filho, referindo-se à Ordem de Mariz e à sua exteriorização à face da Terra, respondendo a algumas perguntas específicas, feitas na missiva de 29 de Janeiro de 1963:
“Como foi dito anteriormente a Ordem de Maris não mais existe e, portanto, não pode ser reorganizada”.

carta1963.4.9
Carta de 9 de Abril de 1963 do Director Social da Sociedade Teosófica Brasileira, César do Rego Monteiro Filho.
No seguimento da carta datada de 9 de Abril de 1963 é iniciada uma troca epistolar entre o grupo de Anciãos Portugueses e a Instituição Brasileira que haveria de culminar no estabelecimento da primeira Instituição em Portugal.

CARTA AO MESTRE DE 17 DE DEZEMBRO DE 1963

Em 17 de Dezembro de 1963 os Anciãos enviam duas missivas para o Brasil. Uma dirigida ao Mestre, onde agradecem a sua carta de 14 de Março, bem como as fotografias enviadas.
carta1963.12.17A outra, dirigida à Instituição Brasileira, na pessoa de César do Rego Monteiro Filho, em resposta à carta de 9 de Abril.

Continuação: A “partida” do Mestre

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