A Vinda de Maitreya

Existe um quarto factor de extrema importância que, tal como no passado e em situações idênticas, assinalará indelevelmente a transição para uma Nova Era.
Os textos tradicionais anunciam para o início do ciclo de Aquarius a vinda de um Ser de grande estatura espiritual que guiará a Humanidade na reconstrução de um novo mundo. O seu símbolo, constante na iconografia universal, é o Cavalo Branco (na Cristã é S. Jorge – ou Akdorge para os Tibetanos – que vence o Dragão montado no seu cavalo branco). Denominado dos mais diversos modos: Kalki-Avatara, décima encarnação de Vishnu; o Bodhisatwa ou Senhor Maitreya das tradições trans-himalaias; Chenrezi, para os Mongóis; Iman Mahdi, para os Muçulmanos; Encoberto, para os Portugueses, sempre expressa o Avatara Branco do Ocidente, o Instrutor da Humanidade do novo Ciclo, o Cristo de Aquarius.
Com efeito, a crença na vinda de um Messias para o tempo de transição em que vivemos é inerente a todas as tradições. A vinda do Avatara, de “Aquele que vem”, ou seja, o Regresso de Cristo anunciado há já dois mil anos, constitui a nota fundamental da expectativa geral, planetária.
De acordo com a tradição da Eubiose, um Avatara é a encarnação ou hipóstase do “Espírito de Verdade”, uma Consciência Cósmica agindo no plano da limitação antropogénica, uma manifestação divina entre os homens expressando um dos princípios do Logos.
A Eubiose postula que, sempre que a humanidade vive um período de tensão planetária, surge um Messias, como um móbil poderoso capaz de operar mutações e renovos de importância crucial, a fim de inaugurar novos ciclos de evolução, novas civilizações, produzindo os impulsos necessários às transformações mentais e psíquicas do ser humano, derrubando as velhas formas.
A análise da conjuntura actual do mundo, permite compreender que se vive um tempo único e complexo e que, mercê do próprio metabolismo planetário, uma ocasião excepcional se oferece para o advento da vinda de Cristo, Maitreya.
O Buda de Aquarius afirmar-se-á, como um Avatara Integral e é por isso que se diz no Vishnu Purana que o Kalki-Avatara descerá sobre a Terra “investido com os oito poderes do Yogui”.
Graças à impulsão e desejos mais elevados, mesmo que inconscientes, das massas humanas, sob a forma de aspiração, a ponte tem sido construída entre a humanidade – consubstanciada nos Discípulos – a Hierarquia Oculta e o Propósito de Maitreya. O estímulo tornou-se extremamente intenso, apelando à mobilização dos grandes Iniciados da Hierarquia Branca para que aplanassem os Seus caminhos.
De facto, os Tempos são chegados para que, de novo, essa Centelha Divina se manifeste entre os homens, de acordo com a Bhagavad Gitã (IV, 7-8). Consigo vem, pois, aquela plêiade de Mestres, Seres superados, Auto-Conscientes e Perfeitos, segundo um processo conhecido em muitos escritos como “a exteriorização da Hierarquia”.
Nosso Mestre, logo no início do século, preconizou e prescreveu para a Obra da Eubiose um conjunto de acções programáticas para serem realizadas pelos seus Discípulos, que se definem em função do objectivo fundamental de Aquarius e da Missão de Maitreya e substanciam no seguinte conceito: SÍNTESE.
– Síntese, como unidade humana, reconhecida pelo sistema solar, como “A Humanidade”, através da sacralização alcançada pelos remanescentes que constituirão o quinto reino espiritual.
– Síntese, pelo estabelecimento das relações humanas com os reinos da natureza, com a hierarquia dévica e com os Seres Extraplanetários, interrompidas dramaticamente pela era sombria da Kali-Yuga, que conduzirá ao reconhecimento universal de “Um Mundo”.
– Síntese, finalmente, porque a Sinarquia Divina terá o seu advento à face da Terra, o que significa que o Reino do Pai se estabelecerá entre os homens da superfície e as hierarquias do interior do planeta e conduzirá ao reconhecimento de que “os filhos de Deus são UM”.

Os Mundos Subterrâneos

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